ÚLTIMAS NOTÍCIAS
ZA

(Liga das Nações) De virada e jogando muito, Brasil vence a Polônia e fatura título inédito

Leal para cima de bloqueio polonês
Na grande final da Liga das Nações, a Seleção Brasileira venceu por 3 sets a 1, parciais de 22/25, 25/23, 25/16 e 25/14, em Rimini, na Itália. As duas equipes fizeram uma partida digna de uma decisão, soltando o braço, belas jogadas e muita disposição em quadra. O destaque individual ficou por conta do oposto Wallace, tanto no ataque quanto no saque, mas todo time brasileiro estava jogando bem. No lado polonês, o oposto Kurek teve um grande início de partida, enquanto Leon foi neutralizado pelos brasileiros.

O jogo começou como era de se esperar, com as duas seleções soltando o braço e o placar muito igual: 5 a 5. Era uma partida de alto nível, com os levantadores buscando os seus principais atacantes e na primeira parada técnica os poloneses tinham a vantagem de dois pontos: 6 a 8. No bloqueio de Kurek sobre Wallace, o time europeu abriu 7 a 10, porém o jogo era bem equilibrado e também no bloqueio do oposto brasileiro, o placar era de 9 a 10. Mesmo com um passe B, Bruninho fazia um excelente trabalho, enquanto na Polônia o destaque era o líbero Zatorski e suas defesas: 10 a 12. No ataque para fora de Wallace na paralela, os poloneses abriram 12 a 15 e foram para a segunda parada técnica na frente: 14 a 16. Em um grande rally, o Brasil teve calma, principalmente com Leal no ataque, para virar e empatar o duelo: 16 a 16. O oposto Kurek era um diferencial na Polônia, fazendo um grande primeiro set: 21 a 20, sendo que neste momento Carlos Schwanke pediu tempo. Na volta, Leon achou um ace e sua passagem no saque fez os poloneses abrirem 20 a 23. Na reta final, essa diferença foi importante para o time europeu vencer por 22 a 25, após ataque de Kurek  

O segundo set começou com um bloqueio triplo sobre Leal, mas na sequência, Bruninho deixou Wallace sozinho com Leon, que passou por cima do bloqueio: 1 a 1. Para fazer 3 a 2, Leal fez um bloqueio e Kurek, parando o oposto que até aquele momento tinha virado todas as bolas, e logo depois com bola de Leon para fora o placar era de 4 a 2. O Brasil jogava bem e em mais um bloqueio sobre Leon a diferença era de três pontos: 6 a 3, sendo que na primeira parada técnica o marcador era de 8 a 5, após ataque de Lucão. Com o bloqueio polonês pegando Leal, o placar ficou igual: 9 a 9, deixando ainda mais equilibrada a parcial. Em grande saque de Lucão e ponto de Maurício Souza, os brasileiros voltaram a abrir: 11 a 9, e mesmo que contra-ataques não eram aproveitados, o Brasil foi abrindo e chegou a 16 a 12 na segunda parada técnica, após ace de Maurício Souza.  O time verde e amarelo cresceu na parcial, com grande desempenho no saque, enquanto a concentração polonesa estava abalada em quadra: 18 a 13. A equipe européia voltou para o jogo com o levantador Drzyzga trabalhando seus atacantes, tanto que aproveitando os contra-ataques empatou o jogo: 18 a 18. Entretanto, no ace de Lucarelli, o Brasil voltou a abrir 20 a 18 e com Wallace abriu três pontos no placar: 21 a 18. A diferença de dois pontos foi importante na reta final da parcial: 24 a 22, com destaque para Leal e no final veio a vitória por 25 a 23, após erro de saque de Leon.

As duas seleções entraram na terceira parcial forçando o saque: 3 a 3. Os atacantes soltavam o braço, mas também trabalhavam no bloqueio e no ace de Bruninho, o Brasil fez 7 a 5, sendo que na sequência a primeira parada técnica tinha o placar de 8 a 6. Em uma pequena diagonal, Leal fez 10 a 7, e curiosamente Leon deixou a quadra para a entrada de Semeniuk, sendo que os brasileiros cresciam: 11 a 7. A Polônia sofria com a pressão brasileira no saque e na segunda parada técnica o placar era de 16 a 12, após pipe de Leal. Essa diferença ia sendo administrada, após Wallace parar um lance e pedir vídeo challenger: 18 a 14. No bloqueio de Mauricio Souza sobre Kurek, o Brasil chegava a 20 a 15 e no ace de Wallace, que estava jogando demais, o placar era de 21 a 15. Vital Heynen mudava o time para buscar alternativas, mas o Brasil estava muito bem na passagem de Wallace no saque: 23 a 15 e a vitória veio por 25 a 16.

O terceiro set começou bem equilibrado, com a Polônia tentando voltar ao jogo, porém o ritmo brasileiro era intenso, com destaque para o saque e o bloqueio: 6 a 4, sendo que Vital Heynen parou o jogo antes mesmo da primeira parada técnica quando o placar era de 7 a 4. O time europeu, com Kubiak conseguiu igualar o jogo, sendo que a primeira parada técnica era de 8 a 7. Os brasileiros estavam bem em quadra, conseguiu aproveitar os contra-ataques, mesmo com os poloneses buscando o saque forçado: 11 a 9. Em dois pontos consecutivos de Leal, o Brasil fazia 14 a 10, desestabilizando o time europeu, que foi para a segunda parada técnica perdendo por 16 a 12. Wallace em bloqueio simples fez 17 a 12 para grande comemoração brasileira. No ace de Lucarelli, o placar era de 20 a 13, sendo que na sequência o volume de jogo do time verde e amarelo seguia até a vitória por 25 a 14, após ataque de Wallace.

“Estou muito feliz, mas faço parte da equipe e estou muito feliz por contribuir e fazer meu trabalho pela equipe. É a primeira vez que vencemos o VNL, então isso me deixa ainda mais feliz. Sacamos muito bem e nosso passe funcionou muito bem, mesmo que a Polônia tenha servido forte - foi a chave para o sucesso. Mas também, não cometemos muitos erros e foi muito importante”, disse Wallace, eleito o MVP.    

Agora a expectativa fica para quais serão os 12 jogadores chamados para os Jogos Olímpicos de Tóquio, que começam em menos de um mês.

Equipes:

Brasil: Bruninho, Wallace, Leal, Lucarelli, Maurício Souza, Lucão e Thales (líbero
entraram: Douglas Souza, Alan, Isac, Flávio
técnico: Carlos Schwanke

Polônia: Drzyzga, Kurek, Leon, Kubiak, Nowakowski, Bieniek e Zatorski (líbero)
entraram: Kaczmarek, Semeniuk, Lomacz e Sliwka 
técnico: Vital Heynen

foto: Volleyball World/FIVB

« Anterior
Próxima »

Facebook Comments APPID