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(Jogos Olímpicos) Brasil faz jogo inteligente, vence Japão e está na semifinal

Leal foi um dos destaques contra o Japão
A Seleção Brasileira venceu o Japão por 3 sets a 0, parciais de 25/20, 25/22 e 25/20, na Ariake Arena pelas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Os destaques da vitória foram o levantador Bruninho, trabalhando muito rápido na distribuição, e o ponteiro Leal, que não tomou conhecimento do bloqueio adversário. Agora, o time verde e amarelo encara nas semifinais o Comitê Olímpico Russo, que passou pelo Canadá, e foi o único a vencer a equipe do técnico Renan Dal Zotto.

O Brasil entrou ‘ligado’ na partida e com Lucarelli no saque abriram 3 a 0, com direito a erro de rotação do adversário. Bruninho buscava bastante a bola rápida de meio prejudicando os japoneses: 5 a 2. Após um erro de Lucarelli no ataque e um bloqueio, os donos da casa encostaram: 6 a 5, mas o Brasil tinha Leal, que estava ‘querendo jogo’ e soltava o braço: 8 a 5. Infelizmente, o time verde e amarelo acabava cedendo alguns pontos de contra-ataque, o que mantinha o placar mais apertado: 9 a 7. Após erro de ataque japonês, Yuichi Nakagaichi pediu tempo e na volta a defesa adversária voltou a aparecer: 12 a 10. Em grande jogada de Bruninho para Lucarelli, o Brasil fez um ponto absurdo, abrindo 17 a 13. Os erros brasileiros seguiam, principalmente no saque, mas o time de Renan Dal Zotto seguia na frente: 18 a 16. Com Lucão em boa passagem no saque, a equipe brasileira conseguiu abrir nova vantagem: 20 a 16, porém os ponteiros japoneses trabalhavam muito bem a mão de fora e seguiam firmes na ‘briga’: 20 a 18. O oposto Nishida era o principal nome adversário, enquanto Bruninho distribuía a maioria das jogadas entre Wallace, Lucarelli e Leal: 22 a 20, sendo que no final veio a vitória por 25 a 20, após erro de ataque de Ishikawa.

O segundo set iniciou mais equilibrado, com o Japão forçando mais o saque e aproveitando o side-out: 4 a 3. Nishida crescia na partida e fazia a diferença neste inicio de parcial: 6 a 3, sendo que o oposto estava ‘gostando do jogo’ e com uma jogada bem trabalhada abriu 9 a 5, obrigando Renan Dal Zotto a pedir tempo. A defesa japonesa funcionava, ajudando os contra-ataques do adversário, chegando a 11 a 7 no placar. O Brasil tinha dificuldades em dar pressão na recepção adversária e com isso não conseguia se aproximar: 14 a 11. Com boa passagem de Fernando Cachopa (entrou no lugar de Bruninho) no saque, o Brasil chegou 15 a 14, mas logo Nishida voltou a aparecer para abrir 17 a 14. No belo saque de Lucarelli e ponto de Lucão, os brasileiros encostaram novamente em 17 a 16, e quem pediu tempo foi Nakagaichi. Na sequência, o Brasil empatou em 17 a 17, no bloqueio de Wallace virou o duelo e em uma bola para fora de Nishida, o placar era de 19 a 17.  Lucarelli estava muito ‘pilhado’ tanto no saque quanto no ataque: 21 a 19, sendo que no final, mesmo com alguns momentos de instabilidade, a vitória veio por 25 a 22, após ataque de Wallace e ponto confirmado no vídeo check.

Com 2 sets a 0, o Brasil foi para cima na terceira parcial, com destaque para Leal e Lucarelli, que estavam soltando o braço e abriram 7 a 4, obrigando um pedido de tempo logo no inicio de Nakagaichi. Os japoneses sentiam a pressão do saque brasileiro e acabavam errando mais, principalmente no side-out: 11 a 6. O Brasil não dava chances de reação para a seleção asiática, buscando incomodar também com o bloqueio: 14 a 8, sendo que Wallace, Leal e Lucarelli estavam soltos no ataque. O Japão estava entre em quadra, pois tinha dificuldades na virada de bola, tanto que o placar chegou a ficar de 19 a 13, com o Brasil não diminuindo a pressão. Na reta final, os brasileiros foram administrando a vantagem, até os asiáticos melhorarem no saque: 22 a 18, o que fez Renan parar o jogo. No retorno, a concentração do time do Brasil voltou até fechar em 25 a 20, após ataque de Maurício Souza.

“Já sabíamos que o jogo seria assim, que eles iriam defender, com volume de quadra muito grande e nós tivemos paciência para passar pelos momentos de dificuldade, de não rifar a bola, nem tomar bloqueio direto. Conseguimos fazer o que estava planejado, agredindo bastante no saque e isso dificultou para o lado deles”, avaliou o oposto Wallace.   

O duelo entre Brasil e Comitê Olímpico Russo será na quinta-feira, dia 5, à 1h, enquanto na outra semifinal se enfrentam os vencedores de Argentina x Itália contra o ganhador de Polônia x França. Esses dois jogos ocorrem ainda nesta terça-feira.

Equipes:

Brasil: Bruninho, Wallace, Lucarelli, Leal, Lucão, Maurício Souza e Thales (líbero)
entraram: Maurício Borges, Alan, Fernando Cachopa e Isac
técnico: Renan Dal Zotto

Japão: Sekita, Nishida, Ishikawa, Takahashi, Onodera, Yamauchi e Yamamoto (líbero) 
entraram: Ri Haku, Takanashi, Shimizu e Fujii
técnico: Yuichi Nakagaichi

foto: Volleyball World/FIVB

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