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(Jogos Olímpicos) Brasil perde no tie-break para Argentina e fica sem o bronze

Brasil perde para a Argentina o bronze
Na disputa pela medalha de bronze, a Seleção Brasileira perdeu para a Argentina por 3 sets a 2, parciais de 23/25, 25/20, 25/20, 17/25 e 13/15, na Ariake Arena. O time verde e amarelo acabou tendo problemas na recepção e, principalmente no bloqueio, que não encaixou no primeiro set, mas na sequência melhorou seu rendimento e equilibrou as ações. Entretanto, a partir do quarto set, os argentinos voltaram a crescer e tendo como destaques o ponteiro Facundo Conte, o levantador De Cecco e o central Loser conseguiram subir ao pódio nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.

O primeiro set iniciou bem equilibrado e bem jogado, com cada seleção brigando ponto a ponto: 5 a 5. Em dois bloqueios seguidos, a Argentina abriu 5 a 7, mas com Lucão pelo meio, após um bom saque de Bruninho, o placar voltou a ficar igual: 7 a 7. O levantador De Cecco fazia boa distribuição, principalmente utilizando os centrais: 7 a 9, sendo que a partida era ‘pegada’ e com um erro de Bruno Lima, tudo voltou a ficar igual: 9 a 9. Mais confiantes no saque, os argentinos abriram novamente, fazendo 12 a 9, com destaque para Facundo Conte. Com Douglas Souza no lugar de Leal, o Brasil buscava melhorar no passe, porém o momento da Argentina era superior: 15 a 11, após bola de segunda de De Cecco. Os brasileiros buscavam uma reação, com destaque para Lucão no ataque: 17 a 14, mas o bloqueio ainda não pontuava, o que facilitava para o adversário. No contra-ataque com Douglas Souza, os brasileiros encostaram: 19 a 17, obrigando Marcelo Mendez a parar o duelo. Na reta final, a diferença chegou a cair para um ponto: 20 a 21, mas o Brasil seguiu com dificuldades para ter uma sequência e acabou perdendo por 23 a 25.

O Brasil voltou para o segundo set com Leal no banco de reservas e Douglas Souza em quadra: 3 a 3, sendo que no bloqueio de Lucarelli (o primeiro dos brasileiros no jogo), o placar era de 6 a 5. As jogadas pelo meio faziam a diferença, tanto que os centrais das duas seleção estavam com 100% de aproveitamento até este momento: 9 a 7. Em bela cobertura de Lucão e bloqueio de Maurício Souza, o Brasil fez 10 a 7, obrigando Marcelo Mendez a pedir tempo. A Argentina reagiu e com bom desempenho no saque empatou em 13 a 13, porém os brasileiros conseguiam se manter na frente do placar, com destaque para Wallace: 18 a 16. No bloqueio de Lucarelli, o time verde e amarelo fez 20 a 17, pressionando os adversários, sendo que no ataque do ponteiro, o Brasil fez 23 a 19 e logo fechou a parcial em 25 a 20, após bloqueio sobre Conte.

Com alguns erros no ataque, o Brasil acabou vendo a Argentina abrir 0 a 3, sendo o ponteiro Conte o grande destaque. Em novo bloqueio do central Loser, o placar era de 2 a 6, o que fez o técnico Renan Dal Zotto pedir tempo. Maurício Souza parou Palacios no bloqueio e o Brasil encostou: 4 a 6, mas no ace de Bruno Lima, os argentinos fizeram 5 a 9. A partida era equilibrada e no bloqueio de Wallace, os brasileiros mais uma vez chegaram perto no placar: 8 a 9, sendo que, logo depois, no ataque do oposto, o jogo estava 10 a 10. A Argentina mantinha um nível alto de risco no saque e, com isso, conseguiu abrir nova vantagem: 11 a 13, mas no ace de Wallace (o primeiro neste fundamento do Brasil), o placar voltou a igualdade: 13 a 13. Em um ace de Conte e um bloqueio de Bruno Lima, os hermanos abriram de novo: 15 a 13, fazendo Leal voltar a quadra. O Brasil começou a ter um desempenho melhor no saque, equilibrando mais as ações: 16 a 16, sendo que no ace de Leal virou o jogo 17 a 16. A Argentina acabou sentindo e no erro de ataque viu o placar escapar em 19 a 17, ainda mais que o rendimento no saque estava caindo: 20 a 18. Na reta final, Wallace ganhou na mão de ferro: 22 a 18 e a vitória veio por 25 a 20, após bloqueio do oposto brasileiro.

A quarta parcial começou falado, com os argentinos reclamando de uma marcação da arbitragem: 3 a 1. Entretanto, buscando um saque mais forçado, os hermanos foram pra acima e empataram em 4 a 4. Em bela jogada de Bruno Lima, a Argentina abriu 6 a 8, obrigando Renan Dal Zotto a pedir tempo, sendo que na volta, Wallace foi pego no bloqueio: 6 a 9. A Argentina jogava um voleibol certinho e no bloqueio de Loser sobre Lucão, o placar era de 7 a 13, pressionando demais os brasileiros, que tinham dificuldade na virada de bola: 7 a 14. A diferença no placar deixava o adversário mais tranquilo para forçar o saque, enquanto o Brasil tinha muitas dificuldades no side-out: 17 a 10. Em um rally emocionante, que os argentinos levaram a melhor, o que se via era um time ‘ligado’ demais e outro sentindo dificuldades para encaixar seu melhor voleibol: 18 a 11. Tudo dava certo para a Argentina, que defendia bem, e conseguia neutralizar os principais atacantes brasileiros: 20 a 14. Na reta final, os hermanos administraram a vantagem, tiveram mais dois bloqueios com Loser, e foram levando a parcial até fecharem em 25 a 16, após um erro de Lucarelli no saque.

O tie-break iniciou com a Argentina melhor e abrindo 0 a 3, após um ataque para fora de Wallace. O Brasil tinha dificuldades no passe e ainda buscava forçar o saque, mas errava demais: 3 a 6. Renan Dal Zotto pediu tempo quando o placar estava 3 a 7, sendo que do lado argentino o que se via era um time ‘pilhado’ que tocava em todas as bolas: 4 a 8. O Brasil, que tinha Isac em quadra, via a Argentina seguir com boa vantagem no placar: 6 a 10. Com boa passagem de Alan no saque, o time verde e amarelo reagiu e encostou: 9 a 10, pressionando os argentinos, que conseguiram virar com bela jogada de De Cecco: 9 a 11. Com 9 a 12 no placar, o jogo era tenso e Renan voltou a pedir tempo e na volta Douglas Souza fez 10 a 12. No bloqueio de Fernando Cachopa, o placar caiu para um ponto e quem parou o jogo foi Marcelo Mendez: 11 a 12, sendo que na sequência veio um ace de Lucarelli: 12 a 12. Com pipe de Facundo Conte, a Argentina chegou ao match point: 13 a 14 e no bloqueio sobre Douglas Souza fechou em 13 a 15.

“Aconteceu uma inconstância em toda a competição. Fizemos ótimos sets, outros não tão bons e não conseguimos essa medalha que nós prometemos lutar até o último ponto. Tínhamos certeza que conseguiríamos e a frustração é muito grande. Foi um ciclo olímpico difícil, conseguimos bons resultados, mas não conseguimos a medalha que sonhamos. Temos que assumir as responsabilidades e seguir em frente. A Argentina tem méritos e souber lutar”, disse Bruninho.

“Não podemos tirar os méritos deles de maneira nenhuma. Eles têm uma equipe com volume de jogo enorme e é difícil de derrubar bola. Hoje, quando nos colocaram em dificuldades, não conseguimos fazer o nosso melhor voleibol”, explicou Renan, que ressaltou o empenho de todos.

“O mais importante é que houve entrega de todos. Todos queriam muito essa medalha, mas não foi suficiente. Nós alternamos momentos bons e outros de dificuldade e nós não conseguimos sair dessas dificuldades. Foi um jogo com muitas alternâncias, e a engrenagem como um todo não funcionou como estávamos acostumados”, complementou Renan.                

Neste sábado, ás 9h15min, Comitê Olímpico Russo e França disputam a medalha de ouro na Ariake Arena.

Equipes:

Brasil: Bruninho, Wallace, Leal, Lucarelli, Lucão, Maurício Souza e Thales (líbero)
entraram: Douglas Souza, Alan, Fernando Cachopa, Isac e Maurício Borges
técnico: Renan Dal Zotto

Argentina: De Cecco, Bruno Lima, Facundo Conte, Palacios, Sole, Loser e Danani (líbero)
entraram: Ramos, Matias Sanchez, Poglajen e Pereyra 
técnico: Marceo Mendez

foto: Volleyball World/FIVB
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