O Espaço do Vôlei começa a partir desta terça-feira uma sessão onde pessoas que vivem o voleibol diariamente podem discutir e dar sua opinião sobre o esporte. Quem inicia o ‘Espaço Técnico’ é Reinaldo Bacilieri, formado em Educação Física e Pós-Graduado em Fisiologia do Exercício e Treinamento Esportivo pelo Centro Universitário Claretiano. De 2010 a 2014, ele foi treinador de São José dos Campos tendo conquistado, entre outros títulos, a Liga Nacional e a Superliga B. Atualmente trabalha como assistente técnico do Voleisul/Paquetá Esportes.
Muito equilíbrio e apenas uma referência
Por Reinaldo Bacilieri
Com a Superliga por começar, o cenário previsto é de muito equilíbrio. Com a diminuição de investimentos nos grandes clubes e o êxodo de atletas com maior qualidade para equipes menores, que com estes ganham estrelas e podem ser consideradas médias, o que se espera é uma competição muito equilibrada.
Sabemos que a contratação de atletas dita a tônica dos resultados futuros no início das temporadas. No entanto, o que se vê, cada vez mais, é também a aposta em bons trabalhos, com o intuito de capacitar equipes teoricamente menos favorecidas individualmente, a alcançar patamares acima do esperado, como já fez o Minas Tênis Clube na última temporada. Com excelente trabalho desenvolvido por Nery Tambeiro e sua comissão técnica, o time de Belo Horizonte elevou o nível de jogadores até então pouco valorizados a status de desejáveis por equipes de investimentos maiores e até mesmo ajudando-os a tornarem-se selecionáveis como é o caso do ponta Bruno Canuto, melhor recepção das duas ultimas temporadas da Superliga.
Alheio a tudo isto, mas sempre alerta e ávido por se manter no topo, está o Sada/Cruzeiro que há várias temporadas é a principal referência do esporte no país e agora do mundo. Mas o que esta equipe tem dentro de quadra que a diferencia tanto de qualquer outra no momento?
O melhor levantador do Brasil há muitos anos, uma linha de recepção que conta com o excelente líbero Serginho e o não menos qualificado Felipe, que dão todas as armas para William acionar o conjunto mais poderoso em ataques no momento do voleibol brasileiro, formado por Isac, Eder e os dois melhores atacantes da ultima superliga, Wallace e Leal. Pontuar é sempre a meta, mas o ataque do Sada/Cruzeiro por ter eficácia tão elevada, ainda proporciona um nível de agressividade único em outro setor do jogo, o Complexo II (Saque , Bloqueio, Defesa e contra-ataque). Com um saque de padrão internacional, único no Brasil, o Cruzeiro consegue manter os adversários pressionados o tempo todo e os induzi aos erros. Com simplicidade, mantém seus bloqueadores próximos aos setores de maior aproveitamento dos ataques adversários, e literalmente mina os principais definidores dos oponentes. Como último ponto, o contra-ataque ou os ataques em transição como prefiram chamar, merecem destaque pela velocidade e sincronia em que são efetuados e raramente deixam a desejar.
Muito bom Reinaldo!!! Bacana a iniciativa do Espaço Técnico... Parabéns!!!
ResponderExcluirParabéns pela iniciativa! Mto bom ! Faz mta falta um espaço que fale de maneira mais profunda e mais técnica do mundo do volei. Espero que este espaço venha para ficar!
ResponderExcluirBoa sorte!