“Mesmo tendo o direito à vaga após o título invicto da Superliga B, o time declinou do posto na elite por questões exclusivamente financeiras, pela insuficiente captação de recursos oriundos de patrocinadores diretos. Foram mais de 100 empresas visitadas, com um viável e vantajoso projeto de marketing. Infelizmente não houve o retorno necessário para montar um elenco para a competição nacional”, diz a nota oficial do clube divulgada logo após a live em suas redes sociais.
O JF Vôlei conquistou a última Superliga B de forma invicta, em uma campanha irretocável, e a desistência não diminui o projeto, que mostra uma gestão segura e responsável. Vale ressaltar que os recursos diretos (vindos na iniciativa privada) seriam para pagamentos de atletas, algo que as leis de incentivo não auxiliam.
“Ainda que a equipe fosse contar com apoio da CBV em passagens aéreas, taxas de arbitragem e parte da logística, valores também assegurados pelo JF Vôlei por meio das leis de incentivo, estes recursos não podem ser utilizados para pagamento dos salários aos jogadores. Sendo assim, o JF Vôlei não pode arriscar a sustentabilidade do objetivo principal do projeto - a formação social através do esporte, que mobiliza mais de 200 jovens de Juiz de Fora e que será ampliada após a pandemia”, segue a nota.
Por outro lado, a diretoria do JF Vôlei segue trabalhando visando a disputa do Campeonato Mineiro, que deve ocorrer em setembro, e da Superliga B, com previsão para janeiro. Na base, a boa notícia é que o projeto viabilizou uma casa própria para os seus treinamentos, um Centro de Ensino de voleibol, no Bairro Granbery, onde já atuam equipes Sub-17 e Sub-19, ou seja, o futuro da equipe mineira.
Quanto a Superliga 2021/2022, segundo o regulamento da Confederação Brasileira de Vôlei, Anápolis Vôlei e Unimed/Aero (3º e 4º colocados, respectivamente da Superliga B) teriam prioridade, porém precisam estar em dia com o fair play financeiro e garantindo o pagamento das taxas junto a entidade. Caso não se interessem, Caramuru Vôlei e Pacaembu/Vôlei Ribeirão (11º e 12º lugares da Superliga 2020/2021) serão convidados, porém passando pelo menos requisitos impostos pela CBV.
foto: Douglas Magno/JF Vôlei
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