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(Jogos Olímpicos) Brasil tem altos e baixos, mas vence Argentina no tie-break

Bloqueio brasileiro contra a Argentina
Na segunda partida nos Jogos Olímpicos Tóquio/2020, a Seleção Brasileira venceu a Argentina por 3 sets a 2, parciais de 19/25, 21/25, 25/16, 25/21 e 16/14, na Ariake Arena. Desde o começo do jogo, o time verde e amarelo teve dificuldades no ataque e de encaixar o saque e o passe, sendo que a partir do terceiro set ocorreu uma melhora, mesmo com os altos e baixos seguindo até o final. O destaque ficou por conta das entradas de Fernando Cachopa (3º set) e Alan (4º set), além de um Leal que mostrou a que veio no Japão.

A partida começou bem jogada, com as equipes defendendo bastante e o placar de igualdade: 3 a 3. No ace de Bruno Lima, os argentinos abriram 3 a 5 e na sequência, com erro de Isac, o técnico Renan Dal Zotto pediu tempo. Em um rally intenso, o central brasileiro bloqueio o oposto adversário para colocar o time verde e amarelo de volta ao jogo. Após dois pontos seguidos de Wallace, o placar estava igual: 7 a 7 e o equilíbrio era evidente em quadra 11 a 11. O levantador De Cecco fazia bom trabalho de distribuição, principalmente com os centrais: 14 a 16. Os argentinos sacavam e defendiam muito bem, incomodando o time verde e amarelo: 15 a 19. O saque do Brasil não encaixava, o que facilitava para os adversários: 18 a 22, sendo que na reta final, a Argentina manteve o ritmo e venceu por 19 a 25, após bloqueio em Wallace.   

O segundo set iniciou com a Argentina seguindo bem na defesa, mas com o Brasil buscando mais alternativas no ataque, como a bela bola de Bruninho para Lucão: 4 a 4. Leal fazia uma parcial igual a anterior, ou seja, bem baixo do seu estilo, e isso prejudicava o ataque brasileiro: 6 a 8. Com a Argentina crescendo em quadra, Douglas Souza foi chamado (assim como aconteceu diante da Tunísia) para substituir e na primeira bola virou: 7 a 10. Mesmo com o passe não saindo, o Brasil começou a jogar mais, principalmente Lucarelli: 11 a 12, sendo que o time verde e amarelo já encaixava melhor o saque: 14 a 15. A Argentina seguia se mantendo na frente, com destaque para o oposto Bruno Lima, porém o Brasil já mostrava uma melhora em quadra: 17 a 18, mas os hermanos estavam melhor e abriram 17 a 21. Fernando Cachopa veio para quadra no lugar de Bruninho, assim como Maurício Borges, mas no final, os argentinos levaram a melhor e, com De Cecco jogando demais, fizeram 21 a 25.

Com 2 sets a 0 contra, Renan Dal Zotto entrou na terceira parcial com Fernando Cachopa em quadra e com a volta de Leal e logo abriram 4 a 1. No bloqueio de Maurício Souza, o placar era de 5 a 1, fazendo Marcelo Mendez pedir tempo para organizar a Argentina. Assim como o saque, que começou a entrar, o passe também melhorou: 4 a 7, porém restava Leal entrar no jogo e na sequência o ponteiro achou o primeiro ace da partida: 4 a 8. Fernando Cachopa, que errou em uma bola de segunda, acabou acertando na mesma jogada um belo bloqueio, mostrando que o Brasil estava de volta ao jogo: 6 a 10. O Brasil abriu boa vantagem: 13 a 8, sendo que o contra-ataque ainda não estava preparado, porém o time mostrava uma reação para a partida. Com grande volume de jogo, o time verde e amarelo foi abrindo no placar: 18 a 11, sendo que Leal estava mais confiante, algo que não se via mais nos argentinos. Na reta final do set, o que se viu foi o Brasil dominando em quadra e fechando a parcial em 25 a 16, após uma finta linda de Fernando Cachopa.

O quarto set iniciou bem equilibrado, com os opostos bem acionados, casos de Wallace e Bruno Lima. Com dois erros de passe do Lucarelli, a Argentina cresceu e fez 3 a 5, fazendo Renan Dal Zotto parar o duelo, sendo que esse fundamento atrapalhava os brasileiros, que viam o placar se distanciar: 3 a 7. No ace de Bruno Lima, a Argentina abria vantagem e com muitos problemas a diferença ia aumentando: 4 a 10. Com Lucarelli no saque, com direito a ace, o Brasil buscava uma reação: 8 a 12, mas foi em um rally bem longo, com ataque de Alan explorando o bloqueio, que o time de Renan Dal Zotto mostrou que poderia voltar ao jogo: 11 a 15. Quando os argentinos estavam abrindo vantagem, o Brasil foi para cima, engrenou no saque de Alane encostou: 16 a 17. Os argentinos sentiram a pressão e no ataque de Lucão, o time verde e amarelo virou 18 a 19, sendo que a reta final cada ponto era bastante tenso, mas a agressividade do Brasil apareceu e a vitória veio por 25 a 21, após ataque de Leal explorando o bloqueio.

O tie-break iniciou tenso, com defesas dos dois lados, mostrando que não ia faltar emoção. Cada ponto era suado, sem bola perdida, e com muita pancadaria: 3 a 3. O Brasil defendia melhor, deixando os argentinos pressionados, porém ainda ligados no jogo: 5 a 5. Na virada de quadra, os hermanos estavam na frente por 8 a 7, após bola de segunda de De Cecco. No bloqueio sobre Leal, o time de Marcelo Mendez abriu 9 a 11, fazendo Renan Dal Zotto pedir tempo. Com boa passagem de Alan no saque, o Brasil deixou tudo igual 11 a 11, e quem pediu tempo foi Marcelo Mendez. No final, Leal foi importante no saque para quebrar o passe argentino e, nos detalhes, a equipe brasileira fechou o confronto em 16 a 14.

“O time demorou um pouquinho a acordar, como no jogo passado, e eles fizeram dois primeiros sets impecáveis. Sacaram muito bem, quebraram nosso passe, e depois que conseguimos encaixar melhor o nosso saque, o time cresceu. A nossa virada do quarto set foi incrível e baixou o time deles. A partir do momento em que conseguimos colocar a cabeça no lugar, conseguimos encontrar o equilíbrio e fazer o jogo que precisávamos”, disse Lucão.

A próxima partida da Seleção Brasileira será na quarta-feira, dia 28, às 9h45min (horário de Brasília) contra o Comitê Olímpico Russo.

Equipes:

Brasil: Bruninho, Wallace, Leal, Lucarelli, Lucão, Isac e Thales (líbero)
entraram: Fernando Cachopa, Alan, Maurício Souza, Douglas Souza e Maurício Borges
técnico: Renan Dal Zotto

Argentina: De Cecco, Bruno Lima, Facundo Conte, Palacios, Loser, Solé e Danani (líbero)
entraram: Matias Sanchez, Pereyra, Poglajen e Ramos
técnico: Marcelo Mendez

foto: VolleyballWorld/FIVB

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