O primeiro set começou com as equipes forçando bastante o saque e os levantadores abusando das bolas rápidas pelo meio: 3 a 2. O jogo era bem disputado, mas com os atacantes levando a melhor sobre os bloqueios: 5 a 5, sendo que no ponto de Lucão, o Brasil abriu 7 a 5. No ace de Kliuka, o Comitê Olímpico Russo conseguiu igualar o placar novamente: 8 a 8, porém em dois pontos seguidos de Leal, os brasileiros voltaram a abrir: 11 a 9. No bloqueio de Maurício Souza, o placar era de 13 a 10, pressionando os russos, que forçavam bastante o saque. E no ace de Bruninho, o time verde e amarelo chegava a 16 a 12, fazendo Tuomas Sammelvuo pedir tempo. Lucão estava bem tanto no ataque quanto no bloqueio e com isso a diferença foi aumentando: 19 a 14. No final, o Brasil não diminuiu a pressão e com direito a ace de Lucarelli e outra bola de pipe fez 22 a 15, sendo que a vitória veio por 25 a 18, após saque russo para fora.
O segundo set começou com o Comitê Olímpico Russo mais solto em quadra e com o ponteiro Volkov soltando o braço no ataque: 1 a 4, o que obrigou o técnico Renan Dal Zotto parar o jogo. Em um ace, de muita sorte, de Maurício Souza, o placar diminuiu para 5 a 7, sendo que os russos estavam jogando de maneira muito rápida e bem defensivamente: 5 a 10. Após mais um erro de Wallace, ele acabou substituído por Alan, porém a dificuldade em alcançar o placar era grande: 7 a 12. Após um raly longo, os russos bloquearam Leal e fizeram 7 a 14. No ace de Alan, o Brasil fez 10 a 15, mostrando que o time ainda estava na briga pelo set e em outro ace, desta vez de Leal, o placar já era de 13 a 16. Em uma bola para fora de Mikhaylov, os brasileiros diminuíram para 15 a 17, fazendo com que a partida voltasse a ficar equilibrada. A reta final da parcial foi de pancadaria no saque: 18 a 22 e os russos, mesmo pressionados, acabaram levando a parcial por 21 a 25, após ponto de Kliuka.
A terceira parcial iniciou com mais um ace do Brasil, desta vez de Lucão, pra fazer 2 a 1. O jogo era equilibrado, com as equipes buscando seus principais atacantes, sendo que na bola de segunda de Bruninho o placar era de 5 a 5 e no bloqueio de Lucão, o Brasil voltou a frente do placar. Com Lucarelli atacando três vezes na mesma jogada, o time verde e amarelo tinha 8 a 6, sendo que na sequência Leal, em uma pipe, abriu 9 a 6. Infelizmente, Wallace não vinha sendo acionado, pois estava em um rendimento mais baixo, porém Lucão estava grande momento: 12 a 8. Com Thales fazendo um bom trabalho e com ponto de Leal, o Brasil fez 14 a 10, sendo que o desafogo dos russos era o central Iakovlev. O Brasil mantinha uma pressão forte, tanto no bloqueio, como rodando com bolas rápidas de meio: 18 a 11. Os brasileiros seguiram em no saque, colocando 20 a 12 no placar, porém os russos não estavam entregues e chegaram a diminuir para 20 a 16. Com Wallace fazendo uma pequena diagonal, o time brasileiro voltou a rodar: 21 a 16, e o que se viu foram duas seleções jogando demais (23 a 21), sendo que os russos reagiram e fizeram 24 a 24. Com uma virada incrível, com destaque para o saque bem encaixado, o time europeu fechou em 24 a 26.
O quarto set começou com o Brasil buscando voltar para o jogo e Lucão fazendo um bloqueio e Lucarelli usando a mão de fora: 3 a 1. Podlesnykh entrou no meio do set anterior no lugar de Volkov e permaneceu: 5 a 3. Os russos forçavam mais o saque e com Mikhaylov conseguiram abrir vantagem: 6 a 8, enquanto o saque brasileiro não dificultava em nada a recepção adversária: 7 a 9. Com 9 a 11 no placar, Lucarelli deixou a quadra para a entrada de Douglas Souza, sendo que o saque brasileiro seguia não entrando: 12 a 14. Na pipe com Leal, o Brasil empatou o duelo em 15 a 15, porém o serviço russo seguia forte e na passagem de Pankov o placar foi para 15 a 18. Neste momento, Douglas Souza apareceu bem no saque e no ponto de Lucão o placar voltou a ser igual: 18 a 18 e na sequência o Brasil fez 20 a 19. A emoção foi gigantesca na reta final da parcial: 22 a 21, e veio a inversão de 5-1, com Alan e Fernando Cachopa, onde erros de saque aconteciam e o challenge era bastante usado: 22 a 23. No final, vitória russa por 23 a 25, veio com grande muita força no ataque.
“É difícil fazer uma análise fria agora, e acredito que o principal foi não ter finalizado a oportunidade que tivemos no terceiro set, mas o time foi valente de voltar apesar da dificuldade que passamos no terceiro set. É difícil, frustrante porque estávamos fazendo um bom jogo. O nosso time lutou, mas os russos mereceram. Acredito que tudo tem um porquê e agora é apagar isso aqui e ir para o bronze”, disse Bruninho.
“Lamentamos demais não sair daqui com uma vitória. Queríamos muito estar disputando uma final, mas vamos olhar para frente. Parabéns a equipe russa porque jogou agressivo o tempo todo. Nós suportamos durante um bom tempo e na metade do jogo em diante não conseguimos imprimir um ritmo forte de saque e eles jogaram com o passe na mão”, explicou Renan, que prosseguiu.
“Têm coisas que acontecem no esporte, em várias seleções, que é travar em uma rede e isso aconteceu conosco hoje. Eles foram felizes com o número 1 (Podlesnykh), que entrou firme no saque, e são coisas que, infelizmente, acontecem no esporte”, concluiu.
“Eles deram uma reviravolta ali e é complicado quando o time está jogando bem e cai uma pedra em cima assim. É difícil reverter. No quarto fomos bem, mas eles começaram a ter confiança, cresceram e fizeram o que sabem de melhor, que é sacar muito forte. Ficamos tristes porque sempre queremos chegar na final. Acabou o jogo, bate uma tristeza, ficamos decepcionados porque queríamos estar representando o Brasil em mais uma final, mas uma medalha olímpica é muito grande”, disse Lucão.
Agora, a Seleção Brasileira encara o perdedor do confronto entre Argentina e França para a disputa da medalha de bronze.
Equipes:
Brasil: Bruninho, Wallace, Leal, Lucarelli, Lucão, Maurício
Souza e Thales (líbero)
entraram: Alan, Maurício Borges, Douglas Souza e Fernando Cachopa
técnico: Renan Dal Zotto
C.O. Russo: Kobzar, Mikhaylov, Volkov , Kliuka, Volvich,
Iakovlev e Golubev (líbero)
entraram: Pankov, Kurkaev e Podlesnykh
técnico: Tuomas Sammelvuo
foto: Volleyball World/FIVB
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