No último mês de maio, a diretoria do Sada/Cruzeiro tentou de várias formas entrar em contato com a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) no intuito de confirmar sua presença no Sul-Americano de Clubes, que deve iniciar em julho ou agosto. Como a competição este ano será realizada no Brasil, o campeão e o vice da Superliga teriam direito a vagas, assim como os campeões dos outros países da América do Sul.
De acordo, com a diretoria mineira, uma resposta foi dada pelo Gerente de Competições de Quadra da CBV, Sérgio Negrão, que ligou para o vice-presidente do Sada/Cruzeiro, Alberto Medioli, informando que apenas o Sesi-SP estará na disputa do Sul-Americano de Clubes. Um dos motivos seria que os semifinalistas da última Superliga sabiam que apenas o campeão participaria do torneio internacional.
“O motivo de ter apenas um time brasileiro no Sul-Americano não ficou claro. É um descaso total com os clubes do Brasil. É frustrante saber que chegamos à final da Superliga mais disputada de todos os tempos e quando temos a possibilidade de disputar um campeonato internacional esse tipo de coisa acontece. Isso é muito ruim para o vôlei brasileiro e para a própria Superliga. Os times que disputam o Brasileiro de Futebol lutam para ficar entre os quatro primeiros e poder jogar a Libertadores. No vôlei os clubes e patrocinadores também precisam deste tipo de estímulo. Isso frustra toda uma torcida. E o mais triste é saber que quem teria que defender os clubes do Brasil não está fazendo isso. Qual o interesse em não ter uma segunda equipe brasileira no Sul-Americano”, disse Alberto Medioli através de um comunicado oficial.
Curiosamente, em 2009, o Sul-Americano de Clubes foi sediado em Florianópolis e teve a participação de quatro brasileiros. No ano passado, campeão e vice da Argentina, que sediou o evento, estiveram na competição. Muitos dizem que o torneio é uma disputa Brasil-Argentina, já que os clubes de outros países estão um degrau abaixo, porém o campeão garante vaga no Mundial de Clubes, que será disputado em Doha, no Qatar, em outubro.
Fora essa polêmica toda, o Sada/Cruzeiro continua sua idéia de reforçar ainda mais o seu elenco. Esta semana, o central Rafael Martins, que defendeu o Pinheiros na temporada passada, foi contratado. Goiano, mas com família em Uberlândia, o jogador de 20 anos é figura certa na Seleção Brasileira Juvenil, que disputa em agosto o Mundial da categoria.
“Será muito bom voltar a jogar em Minas, podendo ficar mais perto da família. Além disso, o Sada/Cruzeiro é um grande clube e tem como projeto chegar novamente à final da Superliga. Estou muito feliz com essa transferência”, disse Rafael.
foto: Alexandre Arruda/CBV/Divulgação
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