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Desistências para a Superliga B mostram a fragilidade das competições nacionais

A edição 2021 da Superliga B começa no próximo sábado, com muitas novidades, principalmente na presença de várias equipes oriundas da terceira divisão.  Dos cinco clubes que venceram seus respectivos grupos na Superliga C, que foi disputada em novembro passado, dois times abdicaram do direito a vaga. São eles: o Tijuca Tênis Clube/Zinzane e o AMAVÔLEI Maringá.

O Tijuca Tênis Clube/Zinzane fez alguns investimentos para encarar a temporada 2020 e trouxe nomes conhecido do voleibol nacional, como o levantador Everaldo, os ponteiros Ricardo Jr. e Vini, além do líbero Lukinhas. Com o comando de Gilberto Bello, o time da zona norte do Rio de Janeiro venceu o Campeonato Carioca de forma invicta e sem perder nenhum set, além de faturar sua chave na Superliga C, vencendo as quatro partidas que fez na competição.

O AMAVÔLEI Maringá conquistou o seu grupo na Superliga C com uma campanha de três vitórias e uma derrota, em uma chave bastante disputada. Sempre presente na elite do voleibol paranaense, a equipe acabou nos últimos anos ofuscada na mídia pela presença do time criado pelo campeão olímpico Ricardinho. Entretanto, com um projeto bem ‘pés no chão’, priorizando a saúde financeira, a equipe se manteve ativa e disputando as competições estaduais.

Sem condições de um investimento maior para a disputarem a Superliga B, Tijuca Tênis Clube/Zizane e AMAVÔLEI Maringá acabaram desistindo da competição. Em seus respectivos lugares entraram os vice-campeões de suas chaves na Superliga C, casos de Niterói Vôlei Clube e SMEL Araucária/ASPMA/Berneck.

Quanto se pensa em Superliga C, não apenas o título de um grupo está em jogo, mas sim uma vaga na Superliga B, ou seja, abdicar da mesma acaba tendo um ‘gosto amargo’ aos clubes. A falta de investimento no esporte nacional na vem de hoje, mas o que ocorre nesses casos é a diminuição dos riscos, já que ambos não querem contrair dívidas sem ter um respaldo financeiro.

A CBV auxilia os clubes com passagens aéreas (15 no total por delegação/jogo) e material esportivo (no caso 24 bolas Mikasa, sendo seis exclusivas para partida). Entretanto, mesmo que não exista a possibilidade de premiações em dinheiro, a entidade poderia ‘ajudar’ na capitação e planejamento a médio e longo prazo com as equipes. Não existe a possibilidade de se fazer uma ‘varredura’ regional e estadual, com apoio da CBV, na busca de parceiros para patrocinar os projetos? Quem sabe ‘emprestar’ gerentes e coordenadores para trocar idéias sobre patrocínio, mercado e leis de incentivo. Ou até mesmo a criação de ‘padrinhos olímpicos’ para dar visibilidade ao time. Isso daria mais ‘gás’ e ‘força’ para que equipes como o Tijuca Tênis Clube ou o AMAVÔLEI Maringá não tivessem que desistir de um direito adquirido em quadra.

foto: Divulgação

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